quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Forum do Lago - 2008

































































No último dia 17 de junho participei do 7o. Forum do Lago, a convite da Comissão Organizadora do evento e da AHITAR - Administradora das Hidrovias Tocantins e Araguaia. Este evento, que ocorre anualmente em Palmas, se discutem questões ambientais relacionadas à existencia do lago. Apresentei uma palestra mostrando como a geofísica pode contribuir nestes temas. A seguir o resumo da minha palestra (a apresentação pode ser vista em http://laps.multiply.com/photos/album/162/)

MÉTODOS GEOFÍSICOS APLICADOS À INVESTIGAÇÃO DE RIOS E RESERVATÓRIOS
Luiz Antonio Pereira de Souza - Laps@ipt.br ou luizlaps@gmail.com
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT

A investigação geológica ou geotécnica da superfície terrestre como suporte técnico a projetos de obras de engenharia é operacionalmente mais simples, quando comparada à investigação de ambientes submersos, tais como rios, reservatórios ou mesmo no mar.
Nas áreas emersas, muitas das características geológicas ou geotécnicas de um determinado terreno podem ser obtidas a partir das observações convencionais, que passam pelo emprego de métodos diretos de investigação, tais como sondagens, fotografias aéreas, imagens de satélite, e por observações geológicas in situ dos terrenos investigados. Muito comumente, ensaios geofísicos são também realizados na superfície dos terrenos com vistas à obtenção de dados sobre a variabilidade de algumas propriedades físicas do meio, tais como velocidade de propagação do som e resistividade elétrica, que, entre outras, constituem parâmetros físicos intimamente relacionados com o tipo de material e estruturas geológicas presentes na área investigada. Por outro lado, na investigação de áreas submersas, as ferramentas convencionais de observação não oferecem os resultados desejados, tendo em vista a natural dificuldade de acesso do observador ao local de interesse. Fotografias aéreas e imagens de satélite dependem da luz, portanto têm penetração extremamente limitada nestes ambientes, tornando-se ferramentas praticamente inoperantes nos estudos de áreas submersas. A coleta de amostras e a execução de sondagens ou de testemunhagens em áreas submersas são viáveis, entretanto envolvem sempre procedimentos operacionais complexos, de alto risco e de alto custo. Assim, na investigação de áreas submersas, os métodos indiretos, denominados de métodos geofísicos, têm especial relevância, ante suas propriedades inerentes, principalmente ao se considerar que o seu emprego permite a obtenção, a partir da superfície da água, de dados detalhados sobre a morfologia da superfície e da subsuperfície de fundo, sem interferir fisicamente no meio geológico. O emprego destes métodos de investigação possibilita a identificação da espessura das camadas sedimentares e da profundidade do embasamento rochoso, além da identificação e da caracterização de estruturas geológicas na superfície e na subsuperfície, parâmetros fundamentais no estudo de áreas submersas, em especial em projetos de túneis, dutos, barragens e hidrovias. Alguns métodos geofísicos permitem ainda a identificação precisa de feições na superfície de fundo, como por exemplo, afloramentos rochosos, tocos de árvores não removidas, que são comumente obstáculos em projetos de hidrovias. Têm ainda vasta aplicação em arqueologia submarina permitindo a identificação de embarcações naufragadas, cidades inundadas, etc., além de constituírem excelentes ferramentas de apoio em operações de busca e salvamento.

O assunto foi pauta dos jornais diárias e da televisão na semana do evento como se pode observar nas imagens acima.

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